2017: um ano de abrir o coração

Às vésperas de iniciar mais um ano de vida (literalmente!), eu finalmente consegui me organizar e terminar minha retrospectiva de 2017 com as lições e aprendizados de meses na estrada, cheios de experiências únicas, desafios pessoais e profissionais, e de auto-conhecimento.

2017 foi o ano em que (re)abri meu coração e permiti que o amor fluísse para dentro e para fora, mais uma vez. Depois de sobreviver a 2016 e tomar a decisão de viajar rumo ao oriente, 2017 me surpreendeu com incríveis encontros com lugares, pessoas e experiências.

Era 11 de janeiro quando notei que o ano que se iniciava seria diferente.

Chovia muito e eu estava acordada desde as 5 da manhã para pegar o primeiro de muitos ônibus naquele dia. Tive muita sorte por minha companheira de viagem decidir, de última hora, seguir comigo, pois ao chegar no posto de controle de passaportes na fronteira percebi que estávamos com os passaportes trocados. Eu tinha o dela, ela o meu, e apesar da mesma nacionalidade, nós não temos mais nenhuma semelhança.

Eu não consigo imaginar como teria sido o meu ano de 2017 se não tivesse cruzado para o Laos naquele 11 de janeiro. Eu não teria encontrado o Mekong, nem as tecelãs de Xamtai, nem começado um novo hábito, muito menos melhorado minhas habilidades motociclísticas, não teria visto o sol se por no Mekong, nem provado as melhores batatas estilo hashbrown que provei na vida. Muito provavelmente teria tido uma experiência completamente diferente da que tive no norte da Tailândia, perdido o festival da água (Songkran), e mais importante, não teria encontrado as pessoas maravilhosas que encontrei pelo caminho.

Se 2015 foi o ano em que eu fui forçada a abraçar a incerteza sem tempo de pensar ou respirar, e se 2016 foi o ano em que eu tentei estruturá-la um pouco melhor, 2017 foi, sem sombra de dúvida, o ano em que eu me permiti viver a incerteza de forma plena, de contemplar sua beleza e os caminhos que escolhi percorrer, experimentando sem medo de errar.

Eu passei 3 meses no Laos, visitei o norte da Tailândia, passei quase um mês de volta na terra do Tio Sam – com direito a visitar as duas costas e um pouquinho da Louisiania e do Mississippi -, levei minha mãe e irmão para conhecerem um dos meus lugares favoritos desse mundão e ainda tive o prazer de juntá-los à minha família tailandesa, e ainda voei de volta ao Brasil para um projeto de trabalho.

Estar de volta em Sao Paulo depois de 7 anos fora não foi fácil. Nossa reaproximação foi, no mínimo, interessante. Me reconectei e desconectei com velhos amigos, fiz novas amizades, e consegui continuar alimentando minha alma cigana, ficando aqui e ali, graças à generosidade de amigos que são mais do que família, até que encontrei um lugar para morar com um arranjo de curto-prazo, perfeito!

O ano de 2017 também me ensinou que às vezes as pessoas certas aparecem em nossas vidas no momentos errados, e que não há nada que possamos fazer a respeito, a não aproveitar ao máximo os momentos que passamos juntas. Também me mostrou que existem pessoas “erradas” que aparecem nos momentos certos, aqueles nos quais temos uma lição a aprender.

Também foi um ano de amor em termos de aceitação.

Aceitação por quem e como sou. Pelo fato de não ter uma resposta padrão à pergunta “o que você faz” ou “onde é sua casa (lar)”. Eu entendi que não ter uma resposta pronta para essas perguntas não quer dizer eu não faça as coisas que faço com professionalismo, comprometimento e paixão, nem que eu não me sinta em casa nos lugares em que estou. Independente do que as pessoas possam pensar (ou julgar), eu sei que sou uma excelente profissional, filha, irmã e amiga, que sempre estarei lá para apoiar as pessoas que amo e os projetos desafiadores que aparecem no meu caminho.

Com isso, pode vir novo ano astral! 2018, te aguardo!

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2 thoughts on “2017: um ano de abrir o coração

  1. Simplesmente sensacional querida Ritinha!
    Você é leve e transparente!
    Quero continuar seguindo seus passos(ou suas asas).
    Sou sua fã e estaremos sempre unidas no coração.
    Deus te proteja sempre!

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